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Exercitando os Músculos do Core

 

Por Barbara C Bourassa. 

Se você frequenta a academia regularmente, é provável que você esteja familiarizado com o termo "músculos centrais ou músculos do core". De um modo geral, são exercícios destinados a isolar e fortalecer os músculos localizados no abdômen, responsáveis principalmente pela sustentação e estabilização da coluna lombar, o que inclui a parte inferior das costas, os músculos abdominais e os quadris. Os músculos fortes do núcleo mantêm as costas saudáveis, o corpo ereto, melhoram o equilíbrio, entre outras coisas. 

Se você possui incontinência urina, não há dúvidas de que o fortalecimento dos músculos centrais irá lhe trazer benefícios. Um grupo de mulheres especialistas em saúde da bexiga alerta que mulheres que sofrem de problemas de incontinência urinária podem se beneficiar isolando e fortalecendo um conjunto ainda mais profundo de músculos - conhecido como pirâmide pélvica - antes de trabalhar nos músculos do core

O programa “Total Control”, uma aula de fitness quinzenal, foi projetado para "restaurar a função dos músculos da parede abdominal e do assoalho pélvico para ajudar a restaurar o controle da bexiga", diz Diane Lee, proprietária, diretora e fisioterapeuta da “Diane Lee & Associates” - localizado na Colúmbia Britânica, província do Canadá - conhecida nacionalmente por sua especialização em disfunção torácica, lombar e pélvica (sacroilíaca). Ao fortalecer e melhorar a função na região pélvica, as mulheres poderão ter uma noite de sono sem interrupções, além da total liberdade para tencionar as paredes vaginais sem acidentes na hora das relações sexuais. 

A aula de 7 semanas ensina as mulheres a localizar, ativar e tonificar os três principais músculos de suporte da coluna e da pelve. Lee usa o termo "pirâmide pélvica" para identificar esses três grupos de músculos: o músculo transverso do abdômen (TVA, por suas siglas em inglês), os músculos multífidos e os músculos do assoalho pélvico. 

O TVA é o músculo abdominal mais profundo e ajuda a manter a coluna e a pélvis estáveis, diz Lee. Os músculos multífidos, que se assemelham a uma teia de aranha que vai de vértebra a vértebra, permitem que a lombar trabalhe sem dor. Os músculos do assoalho pélvico, que formam o fundo da pirâmide pélvica de três dentes, são um sistema muscular semelhante a uma rede, correndo de um lado para o outro e de frente para trás, dentro da pélvis que suporta todos os órgãos abdominais. 

Com o passar dos anos, após inúmeros episódios de incontinência urinária, o cérebro perde a capacidade de comandar os músculos e a comunicação precisa ser reestabelecida, diz Lee. Por esse motivo, o primeiro passo do programa envolve "reconectar o cérebro ao músculo apropriado", explica ela. O objetivo é isolar e contrair os músculos certos para fazer o trabalho sem prender a respiração, diz ela. 

Para identificar o músculo TVA, por exemplo, ela diz aos participantes "Trace uma linha imaginária que conecta o cérebro ao quadril. Encontre uma força em seu cérebro para conectar esses dois pontos. Uma vez que o cérebro se lembra da sensação de conexão, você pode retreinar o músculo para iniciar a atividade e com a força adequada ". 

Algumas versões do programa usam o ultrassom como uma ferramenta de biofeedback para testar se os músculos corretos estão sendo contraídos, enquanto outras classes contam com instrutores de academias treinados para avaliações práticas. Uma vez que os músculos corretos são acionados, os participantes aprendem a segurar a contração enquanto respiram. Conforme os participantes progridem, eles aprendem a contrair os músculos TVA, do multífido e do assoalho pélvico como uma unidade; esteja o paciente em pé, levantando, agachando ou fazendo exercícios. 

"Por ser forte e estável nesse núcleo, você pode potencialmente fazer com que seus sintomas de incontinência urinária desapareçam ou que nunca venham a acorrer", diz Missy Lavender, diretora executiva e fundadora da Women's Health Foundation, que criadora e supervisiona do programa “Total Control”. Lavender, trabalhando com uma equipe de fisioterapeutas, uroginecologistas e outros especialistas em saúde da mulher - incluindo médicos do Northwestern Memorial Hospital, em Chicago - criou o programa depois de passar por um prolongado caso de incontinência urinária pós-parto.

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