Fisioterapia pélvica durante a gravidez e o pós-parto: conheça os benefícios.

13/10/2020 -

Durante o período em que geramos um bebê, o nosso corpo passa por diversas transformações: o fluxo sanguíneo aumenta cerca de 50%, o útero chega a ficar 20 vezes maior e, uma vez que as glândulas mamárias se proliferam, os seios podem aumentar três vezes de tamanho.

Os músculos pélvicos também passam por algumas mudanças, pois eles precisam sustentar o peso da barriga, do feto, do líquido amniótico e da placenta. Além disso, a bexiga fica comprimida, fazendo com que as grávidas façam xixi com uma frequência muito maior.

Se o corpo não estiver preparado para todas essas novas funções, alguns incômodos podem aparecer, entre eles, as dores nas costas e a incontinência urinária.

A fisioterapia pélvica, que reforça os músculos perineais (que ficam entre o ânus e a vagina), é composta por diversos exercícios que podem ajudar a mulher em diferentes fases do período gestacional — inclusive durante o parto e pós-parto.

Entre eles, podemos destacar um maior controle sobre a urina, a diminuição das dores lombares, o aumento da capacidade respiratória e o relaxamento muscular, promovendo assim uma enorme sensação de bem-estar. 

Indicada a partir do terceiro mês de gestação (quando liberada pelo obstetra), a fisioterapia pode ser praticada até duas vezes por semana e engloba diversos exercícios que podem durar entre 40 minutos e 1 hora.

Benefícios durante o parto normal

A fisioterapia ajuda a gestante a controlar a região do períneo — que começa na parte de baixo da vulva e estende-se até o ânus —, trabalhando o fortalecimento e a elasticidade, com isso, a “expulsão do bebê” fica muito mais fácil e tranquila.

Por conseguir ter um maior controle sobre o seu corpo, a mulher pode entender melhor os sinais do nascimento e saber em quais momentos ela precisa fazer mais força. Devido ao aumento da elasticidade da região, a episiotomia — pequeno corte cirúrgico feito na região entre a vagina e ânus, durante o parto — pode ser evitada.

Pós-parto

Durante o puerpério (nome dado à fase pós-parto, em que a mulher passa por modificações físicas e psíquicas) a fisioterapia pode ser uma grande aliada no fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico.

Além de prevenir a incontinência urinária — que também é comum durante o pós-parto —, ela minimiza as dores durante as relações sexuais e ajuda a mulher a retomar a sua vida sexual de forma muito mais segura e prazerosa.

Vale lembrar que 1 em cada 3 mulheres apresentam escapes neste período.

Diferente das técnicas utilizadas durante a gravidez, no pós-parto pode ser necessário o uso da eletroestimulação e do biofeedback.

Conheça cada um deles:

  • Biofeedback eletromiográfico: trata-se de um tratamento onde é possível quantificar o nível de contração muscular. Com ele, é possível identificar se determinado músculo — inclusive o pélvico — está ativo e qual a proporção de atividade, restabelecendo assim a coordenação e o controle motor voluntário.
  • Eletroestimulação: com o uso de um eletrodo (do tamanho de um absorvente interno) introduzido na vagina, esse tratamento visa o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, pois a disfunção muscular representa uma importante característica da incontinência urinária de esforço.

Ao acompanhar o seu desempenho através de gráficos e telas, este treinamento permite que a mulher tenha um maior controle sobre a força e contração muscular.

Todos estes tratamentos, além de ajudarem na redução dos episódios de escapes de urina, podem aumentar a segurança e a autoestima.

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