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Entendendo os Gatilhos da Incontinência Urinária

 

Por Paul J Watkins 

Chester C. Wilmot, MD, urologista do Florida Urological Institute em St. Petersburg, Flórida, é especializado em Urologia Feminina e Cirurgia Reconstrutiva do Assoalho Pélvico. Ele comenta sobre os gatilhos que contribuem para a incontinência urinária em mulheres na fase da menopausa e como superá-los.

 

P: Quais são os gatilhos que levam a perda involuntária de urina pela uretra nas mulheres? 

R: Os gatilhos para a incontinência urinária de esforço incluem comportamentos bruscos que impactam os membros do assoalho pélvico como tosse, espirros, risos ou atividades vigorosas. Os gatilhos da incontinência urinária de urgência geralmente incluem uma sensação de urgência que surge muito rapidamente, e eles podem variar. O barulho de água corrente pode levar algumas mulheres a terem vontade de ir ao banheiro. Água escorrendo pelas mãos é outro exemplo que pode desencadear o desejo súbito. Existem mulheres que podem sentir essa vontade repentina quando por algum outro motivo precisam entrar no banheiro.

 

P: Há algum gatilho psicológico? 

R: Absolutamente. O estresse pode desencadear os sintomas da incontinência urinária, de modo que um indivíduo que não sofra de incontinência urinária passa a desenvolver os sintomas em decorrência de estresse no trabalho ou estressores sociais. Para alguém que tenha incontinência urinária de urgência, o estresse só agrava a sua condição.

 

P: Os gatilhos diferem de uma mulher para outra?

R: Sim. Segundo as mulheres, os sintomas mais comuns, da incontinência urinária de esforço são as atividades físicas, exercícios ou simplesmente uma caminhada vigorosa - caminhadas rápidas podendo chegar a 9,5 quilômetros por hora. Para a maioria das mulheres, a situação é ainda mais dramática, pois o simples ato de rir, tossir, espirrar ou segurar uma criança, pode ser o suficiente para desencadear o escape de urina. Os fatores de risco para a incontinência urinária de esforço podem incluir idade, ter tido filhos, estar na pós-menopausa e ter realizado qualquer tipo de cirurgia no assoalho pélvico ou radioterapia.

 

P: Quando uma mulher chega até você com sintomas de incontinência urinária, como você identifica os gatilhos para encontrar maneiras de evitá-los? 

R: O mais importante é montar um histórico e a partir daí identificar o que está acontecendo. Quando o vazamento ocorre? Você usa algum protetor? Alguma vez os vazamentos foram tão intensos que você precisou trocar as peças íntimas ou até mesmo os lençóis da cama?

 

Então é importante obter um histórico social preciso. Quanto ela ingere de líquidos por dia? Ela bebe café, chá ou refrigerante? Ela fuma? Todas essas coisas são gatilhos para piorar os sintomas da incontinência urinária. 

Outras perguntas a fazer são: ela tem outras condições médicas que podem afetar o controle da bexiga, como um distúrbio da tireoide? Ela tem um distúrbio neurológico como a doença de Parkinson? Todos esses são fatores importantes que devem ser identificados. 

Também é importante fazer um exame físico, que inclui um exame urológico focado na área pélvica para determinar se os órgãos posicionados como deveriam.

 

P: Se você descobrisse que a incontinência urinária está associada a ingestão anormal de grandes quantidades de líquidos, ela poderia simplesmente reduzir os líquidos e, possivelmente, diminuir ou eliminar os sintomas? 

R: Absolutamente. Não é incomum para mim descobrir que um paciente meu está bebendo 5 litros de líquido por dia ou mais. Se uma mulher sofre de diabetes, ela pode sentir muita sede e acabar bebendo líquidos excessivamente. Depois de identificar o motivo da perda involuntária de urina pela uretra, você consegue trabalhar as causas para tentar corrigi-las. Para alguém com diabetes, pode envolver apenas um controle rígido dos níveis de açúcar no sangue, para que o paciente não sinta tanta sede.

 

P: Você já descobriu casos de mulheres tentando tratar a incontinência urinária em casa? 

R: Sim. Praticamente todos que apresentam episódios de perda de urina começarão a restringir a ingestão de líquidos, isso é quase instintivo. Talvez aprendam que beber mais de duas xícaras de café por dia piora os sintomas. E que parando de fumar, a debilidade da bexiga melhora. Outro fato interessante, é que, conscientes ou não, começam a buscar um estilo de vida mais saudável, o que têm um impacto positivo na saúde da bexiga.

 

Para mais informações sobre a incontinência urinária, causas e sintomas, consulte um médico especializado ou profissional de saúde.

 

 

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