Sobre a incontinência

Mudanças Simples, Grandes Resultados para Quem tem Incontinência Urinária

Expert
Kelly Burgess
22 Mar, 2009

Mudanças Simples, Grandes Resultados para Quem tem Incontinência Urinária

 

Por Kelly Burgess

Jaki Nett é professora universitária, autora e instrutora de yoga que aprendeu a controlar sua incontinência urinária. "Tudo começou gradualmente", diz Nett. "Eu tinha vontade de urinar. Eu ia ao banheiro e muito pouco vinha". Nett também teve problemas com incontinência urinária quando ela tossia, ria ou espirrava. Ela logo percebeu que esse desejo de urinar estava ficando mais forte e sua capacidade de reter a urina estava ficando mais fraca. "Com o passar do tempo, chegar ao banheiro ocupou a maior parte do meu pensamento e planejamento", diz ela. 

Nett percebeu que estava lidando com dificuldades para controlar a bexiga e queria fazer algo a respeito. "Eu não escondi", diz ela. "Conversei com outras mulheres - amigos, colegas de trabalho, membros da família e meus estudantes de yoga também. O que eu encontrei foram muitas mulheres passando pelo mesmo em silêncio".

Encontrando tranquilidade

Apesar de não se falar muito no assunto, a incontinência urinária em curso é uma condição muito comum. "Em todo o mundo, mais de 200 milhões de pessoas vivem com incontinência urinária", diz Linda Brubaker, do Centro de Medicina Pélvica para Mulheres do Centro Médico da Universidade de Loyola, em Maywood, Illinois. Estima-se que, na América do Norte, com 19 milhões de adultos, 80% são mulheres. Muitas pessoas aceitam a incontinência urinária, como um resultado inevitável do envelhecimento ou do parto, mas na verdade é uma condição médica que muitas vezes pode ser tratada, curada ou administrada. 

O primeiro passo para controlar a incontinência urinária deve ser conversar com seu médico. A Associação Nacional para a Continência (NAFC) recomenda começar com o seu médico de família ou médico de cuidados gerais. No entanto, você também pode pedir para ser encaminhado para um especialista, como um urologista (especializado em condições urinárias para homens e mulheres), um ginecologista (especializado em condições reprodutivas femininas), uroginecologista, geriatra (especializado em tratamentos de idosos) ou um gastroenterologista (especializado nos problemas do sistema intestinal). "Antes de fazer a consulta, pergunte se o médico tem um interesse especial em cuidar de pessoas com incontinência urinária", diz John W. Utrie Jr., especialista em uroginecologia e cirurgia reconstrutiva pélvica, no Aurora Baycare Medical Center, em Green Bay, Wisconsin. "Veja se eles têm um programa abrangente para fornecer diagnósticos adequados, tratamentos comportamentais, terapia do assoalho pélvico ou cirurgia."

 Ao falar com seu médico, não deixe de discutir as opções de modificação comportamental, que podem ajudá-lo a assumir o controle de sua incontinência urinária. Essas opções podem incluir:

Terapia muscular:

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um programa de terapia muscular do assoalho pélvico - um programa estruturado de exercícios de incontinência pélvica (exercícios de Kegel) e retreinamento da bexiga - tem uma taxa de cura ou melhoria de 65 a 70%, para a incontinência urinária. Os músculos do assoalho pélvico apoiam a bexiga e ajudam a controlar a micção. Exercícios de Kegel e outras formas de terapia muscular pélvica, como estimulação elétrica e biofeedback, são projetados para melhorar o controle da bexiga em mulheres, fortalecendo os músculos que controlam a micção. 

Exercícios de Kegel são mais bem-sucedidos quando feitos regularmente, para manter o controle muscular e podem levar até quatro meses para surtir efeito. Realizar um Kegel ao espirrar, tossir, curvar-se ou ao primeiro desejo de urinar pode ajudar a minimizar o descontrole da bexiga. 

Como instrutora de yoga, no Iyengar Yoga em Napa Valley, Nett sabe muito sobre os músculos do assoalho pélvico e descobriu que era capaz de controlar seu desejo de urinar através de uma técnica única, que desenvolveu e que trabalha esses músculos. Hoje, Nett se orgulha de dizer que não precisa mais se preocupar em ir ao banheiro mais próximo ou com cada tosse e risadinha. 

"Muitos pacientes podem melhorar seus sintomas de incontinência urinária trabalhando em um programa de exercícios de Kegel por conta própria", diz a Dra. Kimberly Coates, da Scott and White Clinic em Temple, Texas, especializada em disfunção do assoalho pélvico. "No entanto, há pacientes que se beneficiam mais trabalhando na reabilitação muscular do assoalho pélvico com um fisioterapeuta ou enfermeira especialmente treinada. Converse com seu médico sobre qual a melhor opção para você."

 

Dieta:

a nutrição adequada é importante para controlar sua incontinência urinária e manter uma boa saúde. Uma mudança rápida que você pode fazer para reduzir a gravidade de seus sintomas de incontinência urinária, é reduzir a quantidade de alimentos e bebidas irritantes que você consome. Simplesmente reduzir ou eliminar muitos alimentos e bebidas que podem irritar a bexiga (incluindo álcool, cafeína, frutas ácidas ou sucos de frutas, produtos à base de tomate ou tomate, produtos lácteos, adoçantes artificiais e alimentos condimentados), pode resultar em melhorias rápidas nos sintomas de incontinência urinária e comportamentos. 

Discutir sua dieta com seu médico pode ser muito valioso. "Descobrimos em nosso instituto que os pacientes podem frequentemente fazer uma diferença em sua incontinência urinária, modificando suas dietas", diz o Dr. Ted Benderev, do Incontinence and Pelvic Support Institute em Mission Viejo, Califórnia. "Esta mudança relativamente simples na dieta pode ser particularmente útil nos casos em que os medicamentos não são suficientes." 

Nett notou uma mudança dramática depois de identificar alguns alimentos que a fizeram ir mais vezes ao banheiro. "Refrigerantes e comida picante, tiveram que ser eliminados da minha dieta, quando eu sabia que os locais dos banheiros estavam em questão", diz ela.

Beba mais, não menos!

Muitas pessoas acreditam que restringir os fluidos é a melhor maneira de controlar a incontinência urinária. Restringir os fluidos pode não ser apenas perigoso, mas pode agravar a condição. A diminuição dos líquidos pode levar à constipação, que pode contribuir para a incontinência urinária, causar desidratação ou tornar a urina concentrada, o que pode irritar a bexiga.

É recomendável que você beba pelo menos 1,5L (seis a sete copos de 200ml) de líquidos, espaçados ao longo do dia, pois grandes volumes de uma só vez podem encher a bexiga muito rapidamente e levar à urgência. A ingestão de líquidos pode ser reduzida após o jantar para ajudar a evitar acidentes noturnos.

 

Perda de peso:

O excesso de peso também pode contribuir para a incontinência urinária, adicionando pressão à área abdominal. A pesquisa indica que uma perda de peso de 5 a 10 por cento, em indivíduos com excesso de peso, pode diminuir a incontinência urinária. Se o seu Índice de Massa Corporal (IMC) for maior que 25 e sua circunferência da cintura for maior que 35, você está acima do peso (www.cdc.gov). Verifique com seu médico qual deve ser seu peso ideal para sua altura, e comece um programa de perda de peso caso seja recomendado: cada quilo perdido pode resultar em mudanças positivas para controlar a incontinência urinária, bem como ajudar a prevenir outras doenças relacionadas à obesidade.

 

Produtos absorventes:

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